terça-feira, 19 de junho de 2012

Lula e o que há de pior

Foi com real decepção que recebi a notícia de que Lula estava se unindo a Paulo Maluf pela candidatura de Fernando Haddad. Por mais que eu entenda que a política nem sempre parece coerente e que se reorganiza num piscar de olhos, dessa vez foi demais. Maluf representa tudo aquilo de que São Paulo se esforçou durante décadas para se livrar: a direita mais corrupta, mesquinha, populista e reacionária do Brasil.

Maluf tem um passado vergonhoso e um presente mais ainda: além de ser réu em diversos processos, foi um dos homens fortes da ditadura e acabou alijado da política paulista em prol de uma direita mais liberal representada pelo PSDB de Serra e Alckmin.

Lula dá um tiro no pé fazendo algo que nem seus adversários tiveram coragem de fazer: aliar-se ao quase-morto político representante do pior que o Brasil já produziu tanto em termos éticos como político-administrativos.


Talvez isso não chegue a prejudicar a inabalável imagem do ex-presidente. Mas certamente vai tirar votos dos petistas menos convictos (que não são poucos) em São Paulo e ajuda a queimar Fernando Haddad por um bom tempo. Haddad, que foi péssimo Ministro da  Educação, já não tinha chance nessa eleição. Agora ele está morto. Que bom!